Todos os dias é a mesma cena nas manhãs de segunda à sexta, da minha vida sem graça. Cá estou, no surrado e incomodo sofá tomando minha solitária dose de café brasileiro. Me pego olhando pra mesa vazia, onde uma garrafa de café descansa sobre uma toalha estampada com gravuras de cestos cheios. Às seis da manhã, minha esposa nunca está em casa, pois nosso filho caçula têm aulas matinais. A dois metros do sofá está a estante, nela o aparelho de TV acabo, marcava seis horas e quarenta minutos daquela manhã, depois que o sinal foi cortado, esse era o único motivo pra ele ainda está na tomada. Nessa estante havia alguns livros, uma TV e um console que nos dava mais raiva que alegria. Ao lado da sala há um quarto de três metros quadrados, ocupado por dois beliches e um guarda-roupa de seis portas, ali dormem despreocupadamente Vitória e André, eles só acordam as onze da manhã. Na cabeça deles, quem estuda na turma da tarde, pode dormir até tarde. Vitória já fez quinze, m...
Memorial de boas recordações